Cidadania Romana na Epístola aos Filipenses: um diálogo com José Comblin

O presente artigo visa a refletir a interpretação que José Comblin oferece sobre a situação que motivou Paulo de Tarso ao escrever a Epístola aos Filipenses. Trata-se não apenas da retomada do trabalho do mestre Comblin publicado em 1985 como comentário à Epístola, mas de um diálogo que abre novas p...

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Main Author: Lara, Valter Luiz (Author)
Format: Electronic Article
Language:Portuguese
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Fernleihe:Fernleihe für die Fachinformationsdienste
Published: [publisher not identified] [2019]
In: Revista de cultura teológica
Year: 2019, Volume: 27, Pages: 126-142
IxTheo Classification:CH Christianity and Society
HC New Testament
KAJ Church history 1914-; recent history
KDB Roman Catholic Church
Further subjects:B Paulo
B Bíblia
B Bible
B Cidadania Romana
B Comblin
B Filipenses
B Paul
B Philippians
B Roman Citizenship
Online Access: Volltext (doi)
Volltext (kostenfrei)
Description
Summary:O presente artigo visa a refletir a interpretação que José Comblin oferece sobre a situação que motivou Paulo de Tarso ao escrever a Epístola aos Filipenses. Trata-se não apenas da retomada do trabalho do mestre Comblin publicado em 1985 como comentário à Epístola, mas de um diálogo que abre novas possibilidade de compreensão do contexto não só de Paulo, mas da própria comunidade a quem ele escreve. O objetivo é demonstrar como o autor entende a prisão de Paulo e o que pode acontecer com ele naquele contexto imediato. Além da possibilidade dessa motivação primeira, cujo centro é a possibilidade do uso da cidadania romana que Paulo, naquele momento, pressupostamente poderia apresentar para "escapar" do martírio, procuramos acrescentar outros elementos do contexto sociológico dos destinatários da carta: a nova vida em Cristo dos filipenses precisa enfrentar as tensões de uma cidade orgulhosa por ostentar o status de colônia romana. A situação imediata de Paulo prisioneiro é, sem dúvida, motivação importante de um dos três bilhetes que compõem o conjunto da Epístola. Entretanto, a realidade de conflito social, vivida pela comunidade ao enfrentar o modelo sociocultural de desigualdade dominante, explica o caráter da exortação ética em torno da unidade (Fl 2,1-5) e o modelo cristológico apresentado como critério para viver o exemplo de Jesus que se fez escravo (Fl 2,6-11). Ambos, seguimento de Jesus e o novo modelo de relacionamento humano, são as marcas da identidade cristã que deve prevalecer como testemunho frente aos de fora.
ISSN:2317-4307
Contains:Enthalten in: Revista de cultura teológica
Persistent identifiers:DOI: 10.23925/rct.i0.45260